Chove quando menos te lembro.
Em todos os poema nomeio a chuva
como nomeio os barcos.
Junto ao mar... Chove tanto!
Docemente, junto aos teus lábios...
E ao teu cabelo.
A chuva vem de um véu da noite.
Vem do ventre das palavras, dos palmares,
das brancas mãos que tanto amei.
E ouve, ouve,  agora, a água que goteja,
ouve meus olhos viajantes
pela nudez dos campos.
Ouve o espectro desta voz
sem nome,
sem palavras.
Chove.



____________mariagomes

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